segunda-feira, 7 de junho de 2010


MULHEEEER, MULHEEEER...

Musas, bruxas, megeras, princesas, fadas, amigas, amadas amantes. Vamps, normais, fatais, secretárias, empregadas, mestras. Mães, santas e levianas. Amadas, odiadas, desprezadas, contraditórias, idiossincráticas. Normais e extraordinárias, cantadas em verso, prosa e música. E piada, também! O que seria do mundo brega sem elas?





AS MUSAS DO CANCIONEIRO BREGA

Princesa, de Amado Batista

Um dos cantores mais queridos do Brasil nos brinda com essa doce ode à amada. Fale a verdade, leitora: se um rapaz bem apanhado cantar isso para você, qual seria sua resposta? Cartas para a redação.

Uma Arlinda Mulher, dos Mamonas

Falamos em piada logo acima? Pois é. Mulher também é motivo para humor dos mais desbragados, matéria em que Dinho e companhia eram mestres e pela qual fixaram-se definitivamente na memória brasileira.

A cabrocha do Benito Di Paula

O lado melancólico do Carnaval, tristemente romântico por conta de uma promessa rompida e cheia de choro em plena avenida...

As mulheres de Carlos Alexandre

Será que Glória Perez pensou na Ciganinha do potiguar ao engendrar a saga da cigana Dara, nos idos dos anos 90? E o que dizer da Feiticeira, aquela mulher que apareceu e com apenas um toque de sua magia deixou o coração do cantor cheio de alegria, além de gerar uma das mais queridas e consolidadas canções da história da música brega brazuca?

As mulheres do Falcão

Mais humor a serviço da cafonice: o bardo de Fortaleza exaltou a mãe, advertiu Isaltina sobre o tamanho da lombriga do menino, disse à sua querida para não mudar mais nada (a despeito dos olhos artificialmente azuis, dos seios de silicone e da elegância de uma baleia branca que desliza numa Sexta-Feira santa no oceano, metade sereia, metade jacaré), desfiou seu inglês de fugido das aulas do CCAA em frases como “I love você e sei que você também love me”, da mulher mala... Tem mulher de todo jeito e de todo gosto!

Moça, do Wando

O passado é tão forte que pode até machucar, mas o cantor mais sexy da música brega não se faz de rogado: quer envolver-se no cabelos dessa moça não tão pura. Afinal, vulgar e comum é não morrer de amor!

A menina da cadeira de rodas, de Fernando Mendes

Dolorido caso de amor romântico idealizado e não realizado por um tiquinho de preconceito e puro medo. Adianta agora chorar a pretérita falta de coragem, seu moço? Bem feito.

Sandra Rosa Madalena, de Sidney Magal

Não poderíamos deixar de citar essa verdadeira exaltação à sensualidade, à vitalidade e à alegria de uma mulher fascinante, dotada da capacidade de mesmerizar a todos a seu redor...

Leviana, de Reginaldo Rossi

Essa já mereceu até link para o clip aqui, mas nunca é demias lembrar dela: ele sabe que ela não presta, mas a ama mesmo assim... Como diria aquele provérbio das Mil e Uma Noites, se a beleza comete um delito, seus encantos arrumam-lhe mil desculpas. Fazer o quê.

Menina Veneno, de Ritchie

Alguns acham que a tal moça é uma alusão ao consumo de drogas. Outros dão uma versão mais prosaica: a empregada bonitinha e gostosa, de quem o cantor não se lembra do nome mas nem precisa chamar...

Doida Demais, de Lindomar Castilho

Um homem prevenido vale por dois – e este machão conseguiu superar a fascinação pela moça e pensou dois minutinhos antes de entregar amor, coração, carinho e tudo o mais a ela.

A namorada de Nilton César

Canção muito singela, exprimindo sonhos simples e prosaicos de encontros com a oferta de um buquê, passeios no Dia dos Namorados e um casamento pleno de amor, felicidade, doçura...

A Dama de Vermelho de Milionário e José Rico

A visão desesperada de um amor pretérito, como convém a uma boa música da melhor estirpe Boate Azul. Garçom, apaga a luz da mesa e traz mais uma cerveja!

Concetta, do Língua de Trapo

Breguice em versão paulistana, com direito a sotaque do Bixiga e uma noite no ristorante... no ristorante do Grupo Sérgio! (Lembram do Grupo Sérgio?) Tome um sal de frutas e facciamo l´amore, facciamo l´amore lá no mio beliche!





GRANDES PERSONALIDADES FEMININAS DO BREGA, DE ONTEM, HOJE E SEMPRE

Elke Maravilha

Ex-modelo, ex-secretária, poliglota, jurada emérita e reconhecida de televisão, pisciana deliciosamente desbocada, Elke Grunnup tornou-se nada mais, nada menos, que a russa mais brasileira que existe, além de dona de um estilo único: ela não tem medo de ser feliz. Uma essência do modo de vida mais legitimamente e deliciosamente brega!

Perla

Essa é nossa freguesa! Dona de uma voz especialíssima e de um estilo único de cantar, imprime sua marca em uma vasta gama de estilos, da guarânia paraguaia à disco music. Só ela poderia fazer versões tão esdrúxulas de músicas do ABBA e ainda assim deixa-las divertidas e cheias de graça... Nós adoramos a Perla!

Maria Alcina

Exagerada, carnavalesca, divertida, personalidade forte. Maria Alcina é muitas vezes comparada a Carmen Miranda, e não sem razão... Lindona!

Wanderléia

A musa da Jovem Guarda continua na ativa, firme e forte, dona de uma bela voz e de um estilo único, mesclando influências dos anos 60 e 70 ao atual, principalmente em seu figurino.

Dercy Gonçalves

A mais lembrada e querida tia desbocada do Brasil. Deixou saudades nos corações bem humorados – e a lembrança de tanto humor recheado dos palavrões pesados que, muito mais que chocantes, eram sua marca registrada...

As Chacretes

Quem não se lembra da sensualidade e da graça de Fátima Boa Viagem, Esther Bem-Me-Quer, Regina Polivalente, Fernanda Terremoto, Gracinha Copacabana e da mesmerizante Rita Cadillac, mulheres que povoaram a mente de muito marmanjo que não perdia um programa do Chacrinha aos sábados à tarde de antanho?

Aracy de Almeida

Reconhecida intérprete da obra de Noel Rosa, tornou-se famosa por sua participação como jurada do Programa Silvio Santos, onde pontuava suas participações com a inesquecível frase “eu vou dar déis pau!”. Uma figuraça.

Inezita Barroso

Ela sempre está na cabeça da redação do Bregorama – e em nosso coração, também – pelo seu fantástico trabalho em prol da legítima música brasileira de raiz, pela voz fantástica, pela inteligência, pela cultura e pela extrema simpatia. Inezita é nossa querida!





MULHERES NA COZINHA - DA TELINHA!

No princípio eram os livros de culinária recheados de receitas refinadíssimas, caríssimas e complicadíssimas, irrealizáveis para os dotes de comuns mortais. Depois veio o livro de Dona Benta, eficiente, porém ainda um tanto complicado. E eis que o advento da televisão trouxe a luz – e o programa da elegante, suave e classudíssima Ofélia Anunciato, com sua cozinha maravilhosa, seu gosto pela boa comida, pelo amor demonstrado no ato de cozinhar e pelas receitas finalmente decifradas, que fizeram a alegria de muito almoço e muito jantar Brasil afora.

Ofélia não mais está entre nós, mas fez escola: suas seguidoras pululam pelos programas femininos, nos mais variados formatos e estilos, dentre as quais se destaca uma figurinha carimbada pela simplicidade e até pelo humor involuntário: a nossa amiguinha Palmirinha Onofre! Veja-a em ação neste vídeo do YouTube onde ela ensina as telespectadoras, a Carme e os cameraméin maravilhoso a fazer uma receita de champanhota à base de sidra sem álcool, pêssego em calda e muito, muito leite condensado. Mas pode ficar tranquila, ô amiguinha, que a sidra é diet! Tuuudo de bom!



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